O morto
oscila no pêndulo
sem fim! A carne nobre
resiste aprisionada
nos ossos.
Um sol que orbita
vomita a luz
do dia
nos lábios do morto
que não anunciará
sua morte.
A sebe podre
o ar
trescalado de podre
e podridão incontida
testemunharão em juízo
a falência da vida.
O chão sódico
acolherá o sal
das lágrimas medidas
em gotas de onde
nunca brotarão
flores