Nas sombras da cidade
vagueiam os roedores
lentamente,
sem pressas,
chulam a Lua
corruptam as estrelas
inundem as vidas
de pestilência imunda
De anjos camuflam-se
e de negro
trajem o sorriso
No fato preto da noite
cobrem-se das chuvas
que chuviscam
dos olhares suplicantes
embebidos
em algemas de aço
perdidos
nas trevas do dia
Procriam-se
de reprodução artificial
das placentas hediondas
do ventre da noite
e proliferam
na esquina de ti