Morte desprecebida
Orgulhosa e temida
Tristemente recolhida
De um corredor sem saída
Tu estás me envolvida.
Morte que me ama,
Morte que me presegue,
Morte que me chama,
Aberta em asa se levanta,
Sem governar, me comanda.
Chamando-me está
Chamando-me eu vou
Caminho para trás,
Recuperando os horrores
Que eu testemunhei.
Confusão de testemunha,
Confusão de loucura.
Fujo pelas máguas da ternura,
Fechado na ventura
Alegre por pouca sorte.
Morto pela ternura,
Futuro meu sem sorte
Morro pela Morte
Ó Morte assassina.
Podes me vir buscar,
Pois escreveste a minha sina
Continuo à espera.
Já me podes vir buscar.
Pedro Carregal