Oscilo num bem-querer lamentoso
A existência é empolgada por vezes resfria
O próprio crer é tanta vez oco e tenebroso
É assim que olho cada letra que vira razia
Se escrevo sobre mim chega a ser curioso
A maneira com que me olho sem noite ou dia
Sem lágrimas mas com um fracasso airoso
Que me empurra como que por magia
Por becos onde os muros desmoronam
Com um golpe de sorte lá pincelam o chão
Pontos e virgulas que sem saber convergiram
Como se fossem pedaços de velho cartão
Que cobrem as letras que me retratam
Quem será que me deu a varinha de condão
Antónia Ruivo
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...