Sonetos : 

«« Varinha de condão ««

 
Oscilo num bem-querer lamentoso
A existência é empolgada por vezes resfria
O próprio crer é tanta vez oco e tenebroso
É assim que olho cada letra que vira razia

Se escrevo sobre mim chega a ser curioso
A maneira com que me olho sem noite ou dia
Sem lágrimas mas com um fracasso airoso
Que me empurra como que por magia

Por becos onde os muros desmoronam
Com um golpe de sorte lá pincelam o chão
Pontos e virgulas que sem saber convergiram

Como se fossem pedaços de velho cartão
Que cobrem as letras que me retratam
Quem será que me deu a varinha de condão

Antónia RuivoOpen in new window


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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/11/2010 01:49  Atualizado: 09/11/2010 01:49
 Re: «« Varinha de condão ««
Uma boa poesia e bem ilustrada também Antónia.
Um abraço
Amandu


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/11/2010 02:37  Atualizado: 09/11/2010 02:37
 Re: «« Varinha de condão ««
Antonia, voce tem o dom de escrever bons sonetos! Que esse dom sempre a acompanhe! Beijos!