É tempo de rever os versos
que escrevi no espelho
das minhas utopias...
São palavras verde esperança do longe,
transparentes de lágrimas no perto
sem fuga às partidas do espírito indomável
que me vive.
Sou o tempo de mim
do tudo, do nada
jogado ao incerto do desconhecido;
Sou o tempo que repousa na certeza
do sono por deitar
na noite da Luz
que me levará às estrelas nomeadas
nas entranhas expostas
à inocência da minha credulidade.
Nas ruas agora quase desertas
das bocas que julguei ouvir chamar,
entrego-me aos passos apressados
na direcção do que foi tudo
no pouco que é tempo
de ser meu.
"A ausência só é efectiva quando a presença nos é, ou foi, indiferente" (Ajota)