Não sei, nem compreendo
Porque morrendo
Poucos me amavam
Poucos me choravam
E eu morria, a morte…
A morte é a solução, ódio de emoção
Alegria desvanecida
Corpo de pedra
Pedra frágil e magoada
O ódio é a chave
De todo o meu sofrimento.
Velas que me rodeiam
No meu velório
Temendo que a tristeza
Mate-me, um simplório
Que mal conhece a vida
Que mal conhece a morte
Num funeral imaginário
Criado pelo meu ódio,
Ódio meu, fado de alguém.
Eu morrendo estou
De Ódio, quimera.
Pedro Carregal