Entranço a luz, o leque e o laço,
sob píncaros erectos dos meus seios,
… em laços,
no cetim, nos desembaraços sistinos
perpasso o ponto a ponto linho, o grito
de nós, em coroas de espinhos…
No rubro pó do vento que foge,
no enlaço de pontas requebras em discórdia,
bebo da agonia,
masco em heresia folhas de buganvílias,
e nelas, o verbo alado, o fogo-fátuo.
Em veredas de quimera,
ligo a tessitura analógica d’enleios,
entrelaço a (in)quietude do tempo em espera.
Desnuda e muda,
perdida da pedra primitiva da vida,
aguardo massajando pés cansados
de chuvas bravas,
em emplastros de tisanas, chás de tília.
Agora na penumbra,
minguadas seivas desavindas
cavalgam reveses de fraude e logro
aos limites indefinidos do deserto do teu corpo.
Em desacerto, ilumino-me por dentro,
no arroubo do silêncio entulhado
de sílabas nuas e veias murchas da língua.
Pressentidas, as lágrimas
adormecem dormidas no leite retido de cactos.
… em laços.
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