habito agora o além espelho, espaço comum dos mil terríveis e perdidos olhos que por vezes encontro e dos quais fujo em estilhaços recompondo o seu exacto e correspondente número, mas visto no seu reverso,depois de dobrada a pálpebra da convexa íris e a palavra monstruosa e estranha em que nos fito e pela qual insisto em viajar, apesar de todos os medos.
estou aflita,como está quem quer que deambule pelo labirinto secreto do desconhecido,por entre rasgos lancinantes de luz,não menos do que negros nas suas revelações.
o pior é não estar só.o pior é esse tudo que nos habita.
cruz mendes