PORTUGAL TRAÍDO
Roubaram-me ontem e hoje de novo
Quase me levaram à banca rota
Do meu sangue e do meu povo
Sugaram gota a gota
Malfeitores, seres abjectos
Não são filhos do amor
São do despejo de dejectos
Feito na solidão da dor
Bando imundo de ladrões
Que saqueiam tudo a fio
Se miram a sombra dos paredões
Logo abandonam o navio
Vil mentalidade a dos malditos
Que olham sempre na mesma direcção
Atropelam e roubam aos aflitos
Que sobrevivem a dias de desilusão
Haja ainda alguma autoridade
Que não lhes escute a canção
Que lhes vá tirando a vaidade
Remetendo-os à prisão
Animarolim .2010/11/06