No mar, balança o óleo e não se acalma!
Agonizo n’água!...Sou ave pequena!
O negror do óleo devora a minha alma,
Meus ossos!...Até as minhas penas...
Inda arrisco um curto esvoaçar...
Um voo breve... Ó expectativa vencida!
E caio n’água, no negror do mar!
Do óleo que desfez - em mim -, a vida...
Enegrecido o bico... Tão grande é a dor!
Agonias chilreando pelos ares!
Foi o eco que o negror do óleo deixou...
Engolfa o Golfo o negro óleo que avança!
E engolfando todas as aves!
Engolfa o mar que tive por lembrança...
(® tanatus - 06/11/2010)