Não me deixo abater pela tristeza,
mesmo que vergado pela súbita dor,
em que as desconfianças fincam pé,
e as minhas palavras soem a vazio.
Nada escondo, sou céu clareando,
fiel é meu testemunho perante ti,
escuta minhas súplicas advindas do
mais profundo de minha abnegação.
Todo eu sou verdade, todo eu assim
me reconheço, então porque não
vingam as flores, no jardim colorido,
se amar-te é sentir-me pássaro no ar?
Corre vagarosamente para a foz o rio,
pombas brancas pousam na minha
janela, e, olhando as nuvens, tua tez,
adquire a simplicidade dos amantes.
Jorge Humberto
06/11/10