Arrancar do
âmago das pedras
com pincéis de nuvens e solidão
o diamante que enobrece
as almas vazias
em suas frágeis embarcações.
Purificar os sonhos
“tudo o que se materializa
não serve de inspiração”.
Verter lágrimas doces
na ebulição dos elementos
que compõem o universo
e aspirar o aroma inconteste
que se abriga nos murais
da tal vida.
Ah, fingir-se forte
e conhecedor dos recantos
mais ousados
e descobrir-se, de repente,
na embarcação à deriva
o leme avariado!