Julguei,
Perdi-me
E sonhei
Na tão aventura
Da minha loucura
Do meu livre tormento.
E todo o meu ser
Quer agora ser
Parte de um triunfo,
De uma glória,
De um impulso
Deste escrever.
Escrevi,
Decerto, menti
As cores,
Os desejos,
Vontades
E beijos
E as liberdades.
Escrevi esta minha tristeza
Que no fim beleza
Algures na felicidade.
Escrevi contos de dor
Proferi mil lágrimas de amor
Espalhei imortalidade
E refiz toda a verdade.
Se escrevo
Por mim
Eu não escrevo.
Brumas de mistério
Saudade
Que elevo
E também o amor.
E sempre que escrevo
O meu nome, Pedro
Falo em desgosto
Ternura no rosto
E sorriso disfarçado.
Escrevi,
E sei que senti
A luz
Sentimento
O som
E dei fruto à paz do luar.
Escrevi a minha tristeza
Que no fim tem beleza
Algures na felicidade.
Dei sentido ás negras águas
Fiz chamar as tristes almas
Perdi rumo nos olhares
E refiz toda a minha verdade!
Pedro Carregal