Ó senhor agente, faça-me um favor
Venha a minha casa para constatar
O assalto sofrido, mas que horror
Telas de grande valor alguém as veio roubar
Tinha uma, que representava a beleza
De uma linda jovem e o seu violino
Bateu a asa e tenho quase a certeza
Que o larápio de satisfação, faz soar o sino.
A outra tela que eu tinha no meu armário
Também voou para terras de além-mar,
Era o meu e muito querido solitário
A esse grande larápio não lhe falta o ar.
Senhor agente, até lhe dou o que não tenho
Mas por favor contacte a policia da Interpol
Para que me traga esse ser muito estranho
Que sei que é Brasileiro e não é espanhol.
Quero o meu violino
E a bela que estava com ele
Quero o meu solitário
Que não me arrombem a porta
Se ela volta será larápia morta
Pois que a fecharei no armário.
Quero o meu violino, ouviste?
Quero o meu solítário, ouviste?
A. da fonseca