Ai, que medo,
Que tenho,
Que tu possas acordar.
Desse teu sono profundo.
Que me assusta só de olhar.
Os teus olhos azuís,
A tua boca sorridente.
Vermelha é,
Talvez seja do meu sangue,
Ou talvez de outros é.
Tenho medo desse teu desejo de
Me fazeres mal.
Tenho medo que acordes e
Que ganhes vida.
Ai, que medo,
Que tenho ao te ver.
O teu terror estará a engrandecer,
Ou serei eu que estarei a edoidecer?
Vivo neste medo que acordes e me mates,
Que me fales, que me abraçes.
É medo, eu sei.
Não sei se és Homem se coisa de outro mundo.
Apenas sei que só de te ver fico mal.
Pedro Carregal