aquilo que normalmente se chamava homem não era o homem, mas apenas a média do homem, o medíocre: o homem, este ainda carrega seus mistérios
a domesticação do homem é útil na medida em que previne perturbações, que esmaga o inovador: mas não existe mérito sem desafio, sem provação
a arte era mais crucial que toda política, que toda filosofia, que toda metafísica, a arte era a excalibur magnética boçal, a coroa do astro
um dia chamou trabalho à sua alma, chamou labuta à honra de suas tripas, sonhou com a virtude do passo pétrio, sobre a estrada da eternidade
primeiro a emoção era senhora de tudo, então a razão evoluía e exigia pra si todo o espírito - mas a razão caía em si e se rendia às paixões
a paciência era o dom de refratar o estímulo, conseguir não agir quando o instinto ordena: e só o cristal mais puro cria a refração perfeita
a agonia tomava conta do pensador profundo ao se dar conta que a civilização nunca tivera um objetivo universal - mas podia-se ainda criá-lo
o homem chorou pela morte de todos os deuses, pela queda de todos os ídolos e utopias, mas a morte de todos os ideais forçaria um novo ideal