És silêncio no meio de ruído
Uma rosa largando os espinhos
O quieto das águas turvas
Num imenso lago
Fostes luz nas horas de escuridão
Desatino sem qualquer lucidez
Mas agora sei que foste ilusão
Ruína no meu triste ser
És a minha cicatriz
Num rosto repleto delas
És mentira indecisa
Estupidez que em mim se entrega
Esperando pelo tempo perdido
Num futuro que nunca existiu
Continuarás a ser tu
Sem explicação
Serás tu o bom momento
Da morte que desejei
Enquanto não há lamentos
Enquanto tu não estás
Solidão
É culpa tua.
Indecisão ou precisão
Esperarei só mais uma lua
Amas-me em segredo
E eu menti-te para não te amar
Revira-se todos os momentos
Onde te eu possa encontrar
Pedro Carregal