Meu amor, meu amor,
minha flor de alegria,
quando me trazes calor,
é quando desponta o dia.
Meu amor, meu amor,
minha semente silvestre,
tamanho é teu esplendor,
aquele que a ti te veste.
Trazes carmesim vestido,
laço apertado no cabelo,
tudo em ti faz sentido,
como alinhavado novelo.
Lenço escarlate no cetim,
mãos brancas como a neve,
quem me dera ter-te assim,
como quem nada deve.
Meu amor, meu amor,
passarinha assustada,
aqui estou, não por favor,
em mim és e sempre amada.
Jorge Humberto
03/11/10