Caminhando pela rua quase sem lenço quase sem documento,encontrei tudo o que tinha a não encontrar,encontrei o que eu não queria encontrar,ou não sei se o que não quero encontrar é realmente o que não quero encontrar,já que minha vida vive que nem camaleão,e minha única libertação é a libertinagem,pois ninguém vive a vontade,e quem libertina muito menos,mas o que me livra da malicia?o bem?o mal?
Escutando Cálice,nas voz da Bethânia redescobri outro cálice,redescobri outra bolha de sabão na qual um menino brinca;encerrado no meu quarto esconderijo de um soldado vietnamita,vejo que explodem bombas,vejo que alguns riem,e outros choram,mas no entanto todos algumas vez riem,acho que todo bem é pra mal e todo mal é pra bem,não sei o que me liberta e não sei do que me liberta,será você que passa pelo Guarujá,jaca,Jaguar o que me libertará?
Quem sabe o único que me liberte é o sono,mas o sono me prende que nem carcereiro,que nem caçador,o sono me caça,alça a mão pra me pegar,o sono registrou mais um homem morto-vivo,o sono é o mais cruel dos assassinos pois ele te mata e te ressuscita,para matar outrora,eu te digo ó sono:
-Mate-me antes que o dia acorde,pois o Sol é outro dos teus escravos e ninguém pode ser libertado
Amanha tenho um milhão de compromissos,mas não deixo que o sono me pegue,procuro mesmo que esta hora esta hora de morto-vivo,procuro minha libertação,minha libertação do mal,minha libertação do bem,vou ser só eu pois eu sou simplesmente vento,ar,poeira vagando por ai...não lembro dos livros que li,não lembro dos beijos que beijei,não lembro da minha família,não lembro do Iê Iê Iê,sou simplesmente vento que ninguém sente
LUCAS LIMA M.
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