Numa manhã de ouro e cetim
tu vieste a correr para mim
e eu nem querendo acreditar
fechei os olhos para imaginar...
E passei para uma nova era
e vi um paraiso à minha espera
e então abri os olhos, vez última,
e tu morte vieste qual rima...
Tu vies-te então rimar comigo
e me levas-te para um abrigo
onde finalmente alcancei a paz
e tirei tudo de bom do cabaz...
E assim estou tão bem mortinha,
mas a viver como uma rainha
num paraiso rodeada de aias
e todas elas quase sem saias...
E assim já não me sinto cansada
nem tenho que enfrentar nada...
Ah, como é tão bom daqui partir
e lá noutro lugar estar a sorrir!
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