Em pedra de carrara repousa a face
O mistral do tempo a lhe soprar o rosto
Digna escultura de pedra em exposto
Farnel de auroras, "santas" em disfarce!
Não tens do olhar o sinistro espectro
Nem do sorriso, o mister da natureza
Eis que pálida, repousa a destreza
Paira ao luar em virginal afeto!
Imperecível, divina e rara
Musa dos sonetos parnasianos
Traz na alma o manto das searas!
Inconfundível arte a de sonetear
Pomba alva de voo sobre-humano!
Nasceste mulher e morreste amar!
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)