[E eu ando tão carente...
tão carente de sínteses
que me salvem...]
Desgraça feita,
régua passada,
eu ando pela sarjeta,
lugar onde as coisas
são mais evidentes.
[Tesouros, sim,
verdadeiros tesouros
são lançados na sarjeta!]
Até cavalo de rua
já sabe muito bem:
anda na sarjeta,
que é onde sobra
algum capim vivo...
[Estou vivo: ainda obstruo a luz que,
vinda de algum objeto sem nexo,
chegaria aos teus olhos]
[Penas do Desterro, 06 de abril de 2010]