Desejo compor contigo
uma polifonia de alucinações...
As cores que ora te ofereço
são várias, te confundem até!
Mesclam-se os sentires numa trama
rica, intrincada, pulsante: viva
percussão de cordas adormecidas...
Por isto, eu quero...
Eu vou te alucinar assim,
numa lenta combustão,
calor invasivo que se propaga
do ponto onde arde a chama
até a extremidade expectante,
mas que ainda não arde...
Eu vou invadir as tuas noites,
a tua mente, os teus sonhos,
Fazer palpitar o teu corpo...
Eu quero... eu vou te alucinar!
[Mas quando, quando...
se estou a dançar sozinho?!]
[Penas do Desterro, 21h57 de 14 de abril de 2010]