Viverei cada instante com ardor
(mas sem a pressa que olvida paisagens)
Nos labirintos do revolvo amor
Descobrirei improváveis passagens.
Reservarei aos amigos – abraços
Aos inimigos emprestarei versos
Que estreitarão os mais distantes laços
- diferenças serão papéis dispersos.
Retratarei com olhar impreciso
A desaprovação dos cata-ventos
Às virações previsíveis e calmas.
Que venham as visitas, sem aviso,
Surpresa boa, bem-vindos alentos
Ao improviso, se rendem as almas.