Sonetos : 

LIRA DA MEIA-NOITE

 
É meia-noite! Os anjos voaram...
Em direção aos corações pungentes,
Que piedosamente da calma se calam,
Seus olhos convergem ao carinho freqüente!

Um anjo em tom escarlate,
Nu, de todos os pré-conceitos,
Voa sem mensurar, que abaixo arde,
O sôfrego apelo dos seus conselhos.

Num clima de luxuriosa alvura
Seu olhar atento, a cada nuance,
Não tem mais tempo, pois é de ternura...

Que se alimenta, e ao seu semblante,
Reluz uma estrela tão alva e tão fria,
Pobre dele, tem sua vida vazia!



"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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