Levantas-te de manhã
E quando vais lavar a cara,
Por a torneira sai uma rã,
E depois a água pára.
Sentas-te na sanita,
Porque querias evacuar.
Mas uma coisa te irrita,
Não tens papel para te limpar.
Vais então lavar os dentes,
Mas a escova não tem pêlos.
E tu quase que sentes,
Vontade de arrancar cabelos.
Mas como tens de ir trabalhar,
Vestes-te muito rápidamente.
Não é com isto que te vais irritar,
Ainda tens o dia todo por a frente.
Sais de casa a correr.
Tens o carro estacionado.
E é quando acabas por ver,
Que tens um pneu furado.
Á pressa mudas o pneu,
Já começas a suar.
Não sabes como aconteceu,
E nem sequer queres pensar.
Assim, metes-te ao caminho.
Não te podes atrasar.
O trânsito segue devagarinho,
E quase sempre a parar.
Perdes horas na viagem.
E chegas outra vez atrasado.
O patrão, qual selvagem,
Diz que estás desempregado.
Que mais irá acontecer,
Ficas um pouco a pensar.
Ainda acabas por morrer,
Antes do dia acabar.
Mas tu pensas afinal,
Sem sequer mostrares medo,
Que nem tudo corre mal,
Podes ter férias mais cedo.
zeninumi 24/8/2007
zeninumi.