O crepúsculo fere os olhos do pássaro,
De sua quietude pétrea pouco mais que um lamento discreto
Chega entre as correntes na esuridão
Para soar claro na última morada.
É a luz do cristal,decaído e profundo
Como a verdade que não redime nem salva.
Sangue jutando-se ao murmúrio do regato
distante do histérico voo inicial
feliz ilusão de uma vida em plenitude de ópio.
O amor então era promessa estrelada
A derradeira chance de novos dias
Mas veio a crueza de toda noite exilada
e solidão atirou-se ao sono agitado
Para encobrir-se de suicídio
E arrancar asas e sonhos.