É madrugada
de um qualquer dia
e eu acordada
a noite está calada
até romper o dia
E o silêncio
o mesmo de sempre
mas o meu pensamento
nunca está ausente
Vejo o teu rosto
sinto-te perto de mim!
o teu afecto, o teu calor...
imagino as carícias desejadas
deste meu amor
e que nunca me foram dadas
Se pudesse falar-te
se me quisesses ouvir
saberias!
o que me vai na alma
no coração
no pensamento
Mas...
dir-te-ia apenas!
só quero amar-te
Foste a luz que em mim brilhou
que ao se apagar
o meu coração destroçou
ele que tanto pulsou
de amor, que te queria dar
Alma amargurada
que perdura
e a mágoa que em mim ficou
por saber que existia ternura
As tuas mãos
Os teus lábios
que o meu rosto acariciaram
Depois...
foi a expressão que vi no teu rosto
que a mataram
Não sei porquê?
e até hoje não compreendo
de que tiveste medo!
porque de amor eu entendo
mesmo que sentido em segredo
poema dedicado ao meu grande a tardio AMOR.
Micá,Outubro 2010