Poemas : 

O Forasteiro II

 
Uma coisa é certa:
A minha vida acontece
A um sujeito desconhecido!
Quando eu morrer,
É dele que irão falar — não de mim!

Ele arcará com todos os meus acertos
E terá a memória suja pelos meus erros.

Eu — desconhecido de mim,
Desconhecido de todos —
Eu estarei, enfim, livre deste Carlos,
Deste sujeito nascido assim, esquizo!

[Penas do Desterro, 05 de outubro de 2005]
Caderninho das Cidades Mortas, p. 21

 
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crstopa
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Enviado por Tópico
Sterea
Publicado: 28/10/2010 17:43  Atualizado: 28/10/2010 17:43
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 Re: O Forasteiro II
A vida não chega para nos conhecermos.
A morte... talvez.
Mas alguns vão jurar que nos conheceram. Só até nos esquecerem.

Beijo.
(somos, então, forasteiros de nós...)