Sou forasteiro no espaço cruzado
De um qualquer diálogo;
Não aprendi a ser com os outros,
E entre os outros ser mais um;
Meu sorriso é travado,
Meus olhos desconfiados,
Meus passos fogem de sombras;
Na derrapagem das palavras,
Não faço a minha cama,
Desguio, saio cedo, cedo!
Tenho mania de firmezas:
Faço tocaia inútil nas curvas
Da estrada da verdade!
[Faço jus ao estereótipo do mineiro!]
[Penas do Desterro, 05 de outubro de 2005]
Caderninho das Cidades Mortas, p. 20