Minha alma tem muitos eus,
Meu ser é múltiplo e diferenciado,
Acorda com olhos que não meus,
E o verbo faz-se diversificado.
Entendo-me como me discordo,
Sou uma leve falua a navegar,
Circundante ao meu desacordo,
Só o meu desejo de lá não estar.
Às vezes não sei porque escreva,
Se por teimosia ou por decreto,
A quem escrever minha poesia deva.
E assim sigo este meu fado,
Tendo a palavra sempre por perto
E minha servil pessoa a seu lado.
Jorge Humberto
22/08/07