Um terço da vida, é na cama cumprido,
Nem sempre gozando. É mais, dormindo.
O sono alimenta os momentos sagrados,
Os dois terços de vida mais agitados.
Outro terço gasto, resulta na labuta,
Voluntariamente, por amor ou à bruta,
Labuta o rico, o pobre e o ignorante,
É chato, é refúgio, e é gratificante.
Um terço resta, e quando bem ocupada,
Vida com graça, bela e despreocupada,
Mas o oposto transforma-se em torpor,
É tédio, estagnação, torna-se horror.
Os terços da vida, nesta gente ficou,
Desta imensa escravidão, nada deixou.