O fogo,
é a alma de quem sente,
o fogo é o traço de quem escreve,
o fogo que delineia tudo o que explode,
nele nos queimamos,
nele nos entregamos,
e mesmo quando um rio desagua,
e arde em explosão de lava...
tu e eu sentimos...
tu e eu desejamos,
que na extinção do fogo,
re-eclipse outro fogo,
o fogo combate-se com fogo,
e somos mais,
nós somos mais,
do que sentimos ou pressentimos,
somos vida pronta a renascer,
sempre em cada passo e em cada momento,
e quando pensares que o fogo está se a apagar,
olha para os leões a rugirem,
olha para os milhafres em voos picados,
e a selva explodir...
ela pressente...
vem aí outro fogo...
vem aí outra explosão...
aguarda...
no pressentir...
confia nos teus poros que se recusam a fechar,
transpiram sede de vitória,
transpiram sede de infinito,
e em cada traço que escreveres...
rasgarão linhas de fogo,
que ditarão fogos imensos,
muito mais do que eu e tu...
muito mais do que alguém possa,
alguma vez sentir ou pressentir,
a explosão colossal que te aguarda,
a explosão de sonhos e vida,
o rio de fogo cheio de sentidos,
cheio de sentimentos,
cheio...
de ti.
Alexander the Poet