XXVI.
Um grão de ouro é capaz de dourar uma grande superfície, mas não tão grande como um grão de sabedoria.
XXVII.
Aquilo que um homem pensa de si mesmo - é isso que determina, ou antes indica, o seu destino.
XXVIII.
A experiência localiza-se nos dedos e na cabeça. O coração não tem experiência.
XXIX.
O silêncio é a comunhão de uma alma consciente consigo mesma.
XXX.
Desfruta de verdadeiro lazer quem tem tempo para melhorar o estado de sua alma.
XXX.
Nossas invenções são apenas brinquedos bonitinhos, que distraem nossa atenção das coisas sérias.
XXXI.
Lê em primeiro lugar os bons livros, ou muito provavelmente não terás a oportunidade de os ler.
XXXII.
Os homens hão de aprender que a política não é a moral e que se ocupa apenas do que é oportuno.
XXXIII.
Jamais encontrei companheiro que me fosse mais companheiro que a solidão.
XXXIV.
Nada é tão útil ao homem como a resolução de não ter pressa.
XXXV.
É preferível cultivar o respeito do bem que o respeito pela lei.
XXXVI.
Nunca é tarde para abrirmos mão dos nossos preconceitos.
XXXVII.
Como se fosse possível matar o tempo sem ferir a eternidade.
XXXVIII.
A virtude a que chamamos de boa vontade entre os homens é apenas a virtude dos porcos na pocilga, que dormem juntinhos para se aquecer.
XXXIX.
Sob um governo que prende injustamente, o lugar de um homem justo também é na cadeia.
XL.
Não basta uma informação de como ganhar a vida simplesmente com honestidade e honra, mas que tal ato seja atraente e glorioso, pois se ganhar a vida não for atraente e glorioso não é a vida que se ganha.
XLI.
Se um homem marcha com um passo diferente do dos seus companheiros, é porque ouve outro tambor.
XLII.
O talento limita-se a indicar a profundidade do caráter numa certa direção.
XLIII.
Se és escritor, escreve como se tivesses os dias contados, porque, na verdade, eles estão-no quase todos.
XLIV.
A massa nunca se eleva ao padrão do seu melhor membro; pelo contrário, degrada-se ao nível do pior.
XLV.
Uma grande verdade, mesmo mal sugerida, comove-nos mais do que uma verdade medíocre completamente exprimida.
XLI.
Às vezes faz bem ficar doente.
XLVII.
Podemos odiar aqueles que amamos. Os outros são-nos indiferentes.
XLVIII.
O homem mais rico é aquele cujos prazeres são mais baratos.
XLIX.
Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro.
L.
É tão difícil observar-se a si mesmo quanto olhar para trás sem se voltar.
LI.
A longo prazo os homens acertam apenas para aquilo que apontam. Por isso, embora falhem imediatamente, seria melhor que apontassem para algo mais alto.
LII.
Benditos os que nunca lêem jornais, porque verão a Natureza e, através dela, Deus.
LIII.
Cuidado com todas as atividades que requeiram roupas novas.
LIV.
O que todos os empresários desejam mas em vão e que qualquer assalariado consegue: lazer e uma mente em paz.
LV.
Muitos sabem ganhar dinheiro, mas poucos sabem gastá-lo.
LVI.
A riqueza supérflua só pode comprar coisas supérfluas.
LVII.
A maioria dos homens vive uma existência de tranquilo desespero.
Henry David Thoreau (1817-1862). Escritor e poeta norte-americano, inspirou o filme Sociedade dos Poetas Mortos.
Mais textos
Rss do autor
Estatísticas
Enviar
Imprimir
Criar um pdf
