Não sei, sincero, como assim se faz a fama
tão fútil, meu deus, carajás; que entra
sem sequer bater, tomando teu encéfalo e o
deixando encolher; Disso o atual vive
preso e forte sem sair como num albergue
e criando-se deuses sem valor, para só assim,
te tranformar em pratos sem sabor.
Incolor, inodor, sem sabor, antes fosse a
clara água do ribeirão e não a triste
cultura do povão; Não os culpo pelo que
recebem, todavia que, infelizmente, digerem
na música, na leitura e ademais, veja só
que bravura é suportar tudo isso tão sagaz.
A infinda desilusão de tudo tão perspicaz
é saber que mentes, felizes, aqui estão.
Que custava ao invés de sim, falarem não?
Ou olhar para tudo muito sério, com critério,
vendo a agunia do sepulcro cérebro cemitério.
Enfim, não pode ser assim, vive-se então
a partir. A construção, que ningúem ouve,
e daí? Se temos para nós meteoros a cair?