Há vento sobre a cidade…que me importa?
Corro o risco da vertigem… fecho a porta
Perco as asas do voar e fujo
Não quero a cidade…não gosto do vento
Vou pela estrada e pelo sol
Pela beira do caminho
Sósinho
Quero lá saber do tempo
Quero lá saber do mundo
Ás vezes páro…ás vezes penso
Depois corro…corro e desminto
Fico preso no labirinto… ao longe
Como um deserto de fogo que foge
E os sonhos passam em debandada
Em cavalgada desenfreada
Bailam nas folhas
Bailam no chão
Olhos nos olhos não dizem nada
Ficam retidos pela vaidade
Só porque há vento sobre a cidade.
SaidSerra