Criatividade devaneia gestos calados de um painel recomeçado...
Supero flácida sede subtil... na sabedoria do meu olhar...
Brinco com as palavras mas sinto-as nos navios correntes da minha pele...
Converso em quatro paredes ideias não pensadas de momento...
Viajo sonhando nas páginas de um livro antigo embalando os versos ciciantes...
Zumbidos de uma voz penetrante que me alerta de um mundo capitalista sem amor e mentiras de uma alma feroz...
Canto e encanto as águas geladas desse rio que corre nas bermas das estradas não caminhadas...
Perguntas ás quais não sei responder ... Onde ? Porquê Talvez ? visões claras onde não sei aparecer...
Penso nos enigmas abstractos espalhados nesse chão molhado mostrando o nosso retrato...
Sinto os pés gelados tanto frio, tremores que agitam esse rio...
Rio que molha o meu sorriso parvo e mostra uma simplicidade conquistada pelo El rei Bravo...
Cartas queimadas,palavras sujas, lembranças rejeitadas, viagens acabadas...
Assim despeço-me num aperto de um grito que me aquece...