A manhã desperta nos gorjeios
dos pássaros,
que se aninham nos braços do sol,
que já desponta a horizonte,
por detrás de onde nasce a luz do dia.
Abro minha janela ao sabor
das flores,
que abrem suas pétalas ao amanhecer,
expondo a corola às borboletas,
pousando suas asas nos pequenos pontinhos.
Há um cheiro intenso a terra,
depois de mais uma noite de chuva,
e, as poças de água, desenham
círculos no chão, atapetados de folhas,
vermelhas, amarelas e castanhas.
Depois da chuva veio a bonança e o
dia azuláceo,
brilha com esplendor no espelho do
rio, que corre brandamente para a sua
foz, onde se encontra com a raia do mar.
Pessoas alegres saem à rua, com roupas
de primavera,
que peleja com o Outono, permanecendo
nos azuis dos céus, a perder de vista,
deixando-nos maravilhados com a natureza.
Fecho a porta de rompante e vou para o
meio da estrada,
abrindo meus braços ao quente dos raios
solares, que me animam e trazem-me
um largo sorriso a meu rosto, alvo de neve.
Como é bom sentir a vida e que estamos vivos,
tal qual as coisas,
que olhamos embevecidos e felizes,
só pelo facto de elas existirem,
assim como nós, em agradecimento ao Universo.
Jorge Humberto
24/10/10