Na negrura alva de um tição
Vi que tudo em tudo assenta em nada
Que o mais belo corpo assenta em água
Não existe esperança ou salvação;
Se o que vemos é real ou ficção
Em que credo ou altar sacrificar
Se ao Deus Maior ou ao Deus do Lar
Quando a vida nos aporta confusão;
E são tudo fluxos, fluxos incessantes
Aflorando em várias margens o eterno rio
Sem saber se é bom ou mau, quente ou frio
Apenas que vivemos, morremos, tal como antes.