Urdo versos como quem tece
filigranas.
Levanto meu punho ao ar em
favor dos injustiçados.
Choro se vejo uma criança sofrer
na sua macia infância.
Rio-me de mim próprio nos espelhos
da vaidade.
Sou este e o outro e as demais
pessoas.
A liberdade é aquilo porque luto
em cada estrofe minha.
Colho dos amigos o fruto generoso
e altruísta.
Dou sem esperar nada em troca
basta-me um sorriso.
O passado ficou lá atrás e vivo o
presente como quem respira.
Não tenho saudades nem recordações
vivo no agora.
Amo as coisas até que doa e fique
gravado na memória.
Sou o verso do meu reverso que
conservo em silêncio.
As flores e os animais também são os
meus olhos limpos de impurezas.
Tenho de minha senhora amada
a genuidade de seu amor.
E assim vou na vida esperando o
meu voo.
Jorge Humberto
22/10/10