Um vento de nortada
passeia-se pelos meus cabelos.
Caminho sem rumo certo,
levando os amigos no meu
pensamento esvoaçante.
Asas de pássaros enchem os céus,
pendurados em árvores frondosas.
Tomo em minhas mãos uma
rosa branca e beijando suas pétalas
a brisa traz-me à tua presença.
Folhas cedem à força do vento,
pessoas passam apressadas.
E eu virando meu rosto a barlavento,
vejo ao longe o fulgor do azul do mar,
para lá das falésias de mármore.
Continuo meu passo incerto,
sou coisa sem princípio nem fim.
Jorge Humberto
20/10/10