São esses seres patéticos
A procurar por prestígios
Que me tiram do sério.
Causam-me vômitos
Profetas ou vestígios
De poetas; olhos sonsos,
Cabelos compridos...
Estúpidos escribas, convencidos,
Pela Terra blasfêmias bramindo,
Poluindo tudo com impropérios,
Avacalhando o Reino dos versos...
Aí chegam essas vacas indianas
Procurando mais do que idolatria
Se achando a mais, a mãe da poesia...
Mas mim a maquilagem não engana.
Deixam-me estupefato.
Mais que isso, estarrecido,
Ver os elogios e comentários
Mais alguém partilhando daquilo.
São seres de colorações tendendo ao cinza
Ausentes de carinho e carentes de amor
Se queimando tristemente no próprio calor
Que a mim causa pena essa falta de estima.
Não sei se são esses seres selvagens
Ou se tudo é falta de capacidade mesmo
De compor algo com esmero e zelo
Sem partir para ofensa e o ataque...
Ah! Vá catar coquinho na Conchichina!
Vá pentear macaco lá na África do Sul!
Vá vê se estou na esquina rodando bolsinha!
Ah! Vai você, tomar no teu (tu)!
Demais!
E eu que achava meu país fodido,
O meu povo o mais sofrido...
Agora não acho mais.
Gyl Ferrys
Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais é uma mera coincidência.