Poemas : 

vela objectiva: ou das das artes de estar a mais sem ser uma soma

 
um funil resume o europeístico a auschwitz
sem corante
sem caronte
a barca rota nos fundilhos que não afunda nem navega
os óbolos sabem a hóstia
es_carro
es_carro
es_carro

e enquanto se vê passar comboios sem que existam carris
esculpe-se espirais nas lápides sem cinzel
atropelando as unhas na carne sem lâmina
porque o amadurecimento se cinge ao verde
e sabe a pepino

quero ser atropelado pelo rinoceronte
quero ser atropelado pelo rinoceronte
quero ser atropelado pelo rinoceronte

mas as cicatrizes são a fissura dos tijolos
nos tijolos que não existem
sub_sistem as cicatrizes
cruzes
cruzes
cruzes

por exclusão de partes sem as artes
três vírgula catorze quinze noventa e dois
ad nauseam ad infinitum
ou ser canto no círculo campestre
concentrativo
irromper desencanto
mas quero ser concentrado
centrado
centrado
centrado

conseguir ultra_passar
arames farpados com a boca abotoada
limpando-os do meu sangue
com suores
re_vejam-me
carne e osso

vela objectiva
inexisto
equação de dramaturgia tribal sem peyotl
caquetismo catecista caciquista
o descacto

e segurar a chama estática perante a estatificação
homem-estátua
antes de falo_cimento
amor_gue
amor_gue
amor_gue

assistência sem insistência ao ego_sem_trica
interromper a metamorfose em castiçal
aguçar o dente no falo do linchamento
sem lince_lamento
ocultar prometeu entre as nádegas
pré-fácio no pós-fácio
inter_est_ício
e mapear no ratângulo internético a esclavitude
pois antes esta que a personagem do nada

desmaterialização
materialização
ria_lização

ah ah
não acrescentando posteriores ilações
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
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Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 18/10/2010 20:21  Atualizado: 18/10/2010 20:21
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coooool