Poemas : 

RUMO

 
É O MESMO VENTO QUE ROÇOU TULIPAS

ATRAVESSOU MILHAS CAMPESTRES

REFRESCANDO VARANDAS DISTANTES

QUE DEPOIS DE AUSCULTAR , AO PÉ DA SERRA,

SONS DOS LÍRIOS CRESCENDO NA PLANÍCIE

TRAZ, COM DERIVAÇÕES SILVESTRES,

ESTA TARDE A MINHA VARANDA...

ESTE VENTO QUE BALANÇOU CIPÓS DO BREJO,

PÉS DE ROMÃ E FRANZIL A CRISTA DO PAPA-CAPIM!

VENTO SEM RUMO

PROCURA O JEQUIRIÇÁ E DORME A NOITE

DAS MATAS FECHADAS, QUE ERAM DOS MUTUNS...

BUSCA E TRAZ, PRA MIM,

AQUELES AROMAS INDECIFRÁVEIS DOS PÓLENS RAROS,

QUE ESQUECEM O TEMPO

NO CHÃO DAS FOLHAS CAÍDAS...

NOS CAPINS...


 
Autor
Ligório Nery
 
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