Eu comi o Sol,
Amei o interior de luz, feito ao meu redor.
Devorei-me na fome de Ser. E cresci
Mais do que o corpo.
Enalteci a beleza em minhas formas,
Purificadas pela ingenuidade com que me toquei –
E exercitei meu corpo, jovem
Nu no telhado da cidade.
Agora tenho um ventre,
E dele extraio o fogo
Que meu deseja transforma
Em si.
(Permanece ainda
O cólon irritado...
Por não ter um rosto em sua alfomada.)
Meu útero masculino
Deseja expelir ansiedades. E temo,
Apesar do esforço,
Ser incapaz para o amor.
Amo o sol que devoro em lábios
Como os teus,
Amo o lapso de nossa história, contada por um calor lembrado – você dentro de mim.
"Umbigo inverso"
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