Ana e Fabrícia ou vice-versa, parecia que se conheciam toda a vida. Estavam numa harmonia total. Os corpos encaixavam na perfeição e não havia maneira de parar o desejo louco que as consumia. Se antes tinham estado numa sintonia de almas, agora estavam numa sintonia de corpos e a leste de tudo, e sobretudo das horas.
Finalmente ficaram imóveis na areia com a maré cheia a lamber-lhes a pele suada. Se não saissem dalí ainda seriam arrastadas para o fundo do mar, pois estavam sem forças. Ana começou a fazer círculos com o dedo em volta do umbigo de Fabrícia.
- Sabes, agora dava-te por um bom prato de comida...
- Eu vi logo que tu apenas te querias servir de mim a teu bel-prazer e depois jogar-me fora, disse Fabrícia saltando de novo para cima dela - Vá aproveita ainda mais um pouco que depois já não haverá nada para ninguém...
- Pois, eu enjaulei-nos e com um chicote obriguei-te a saciar-me toda, disse Ana voltando-se num ápice e ficando por cima de Fabrícia - Sabes isto é tudo tão belo e, tão não sei como explicar, mas nós não precisamos de dizer nada uma à outra... E nem eu quero saber se tu és lésbica, eu sou, mas não importa, o que importa é que nos amamos muito e estivemos em harmonia total...
- Eu também sou lésbica, mas na verdade eu não quis saber se o eras, há bocado quando me entreguei a ti. Simplesmente desejava uma mulher e por sorte ela também me desejava... Eu não sei no que isto vai dar, mas agora quero estar contigo, pois nunca senti nada assim com esta intensidade com ninguém...
- Se eu disser o mesmo, acreditas, Fabry?...
- Acredito. Sinto que és uma mulher pura e sincera...
Beijaram-se muito e depois tiveram mesmo que se levantar pois uma onda gigante vinha na direcção delas! Procuraram as roupas e Fabrícia tirou uma lanterna do bolso do blusão e foi rápido que se vestiram e depois foram até onde estava o «cavalo alado». Ana já tinha visto fotografias de Fabrícia na moto e tinha uma vontade louca de andar naquela moto. Gritou de alegria acordando a noite e depois saltou para trás da Fabrícia, agarrou-se bem a ela e depois seguiram até à casa da Ana que não ficava longe. E por certo que Fabrícia ia ter sempre uma acompanhante quando fosse a algum lugar do Pais, do norte ao sul e às ilhas, fazer uma reportagem.
Aceito sugestões para novas histórias, e amem alguém sempre que o momento se proporcionar e sentirem que estão com uma pessoa boa e sincera, porque a vida não espera e não volta a dar-nos a mesma oportunidade duas vezes, ou volta?
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