Na charneca empinada
a palavra seca ao fumo mirrado dos cigarros.
Defumadas, na demência inquieta, abstractas
em etiologias raras, em síndromes imunodeficientes,
estreitam-se multifocadas, sibiladas,
tais asas mumificadas entre a língua e os dentes
das araras.
… sem afagos, dos milhos roxos espargidos,
bagos regenerantes,
seixos de delírios inquietantes,
de depressão cavada,
rolam o asfalto da estrada, nos meus e teus sentidos,
em atrofia sistémica e progressiva.
E logo ali, sem cor de si,
braços de enguias adormecidas em espasmos de líquenes
já não abraçam o lodaçal dos rios.
Paralisados p’la anemia perniciosa,
espinhos álacres da rosa, desidratam plátanos doentes.
Ao acaso, ventos demenciais, soltam-se agudos
dos currais dos mundos onde se alojam os vendavais.
Alteiam-se por fim em estandartes suspensos de raízes,
em acordes de sangue e fogo.
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