A dor calada investiga a Terra
O sal sereno adormece ao solo
Os homens amenizam sensações
Calam no subsolo e renascem
Queria ter menos cor
Seria Estrela ou faísca
E limparia da vida a fome
Mulheres cedem à vaidade
No alarme da ceia vazia
Farta e cansada da sorte
Navega a sedenta agonia
Afogada entre versos ao reverso
Amargo da melancolia
O corte cede à morte
Da ponte extensa.
Diana Balis
Diana Melancolia
Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2010.