Ela anda de cabeça erguida
Como se fora dona da razão
Tem domínio do que sente
E controla o coração.
Diz que tem o poder de escolher
E decidir o seu destino
Conduzir sua alma livremente
E enganar algum cretino.
Na encruzilhada da vida
Diz que sabe o caminho a seguir
Que não precisa de ajuda
Porque vai aonde quer ir.
Segue firme em seus pensamentos
E de ninguém esconde isto
Só não percebe que na soberba
É controlada por Mefisto.
Esse ser intelectual que dá aos homens a ilusão
De tudo compreender e tudo dominar
A conduz em suas asas mágicas
Ofuscando sua vontade de amar.
Nos seus olhos se contemplam
A triste esperança de uma vida sem sentido
Que se apaga na escuridão da noite
E o sentimento do coração é escorrido.