Diz-me a razão - não sabes escrever ( amor)
Gosto de rimar vazio e desamor
De falar dos nadas contidos ( no poema )
Gosto de palavras sem fonema
São as minhas contradições
Levanto-me de manhã
Atrapalhada com convicções
Ao meio dia já me sinto estranha
O poema tomou-me de jeito
Encheu-me de ciúmes o peito
Lembrei-me de ti com ardor
Suores frios lá vem o pavor
Do escrever leve como a pena
Alguma coisa que valha a pena
No meio de tantas penas
Acrescento um beijo tímido
Não lhe junto mais nada apenas
Porque não sei cantar o bandido
Do ( amor ) agora são três da tarde
Na minha cabeça arde
Um poema derretido
Penso em ti em arrebate
Junto-lhe um toque fugido
Da ponta dos meus dedos
Saem poemas adocicados
Lá se foi a convicção
A falsa negação
Noite dentro hora morta
Desenho-te em versos de amor
Esse teu ar sonhador
De poeta que não quer ser
De manhã tudo de volta
Um escrever reviravolta.
Júlia Soares ( pseudónimo )
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O mundo corre em direcção ao tudo, quando um dia morrer espero dizer valeu a pena.